Os articuladores e as articuladoras territoriais no estado da Paraíba estão enfrentando mais um atraso no pagamento de seus vencimentos o que coloca em risco o andamento dos trabalhos dos territórios rurais de desenvolvimento e os territórios da cidadania em todo o estado.
A exemplo do que aconteceu no ano de 2008 quando os articuladores, que têm a função de fazer as mobilizações em todos os municípios e comunidades, ficaram com seis meses sem receber seus salários o fato se repete sem que as providências tenham sido tomadas até o momento por parte do Ministério do Desenvolvimento Agrário(MDA) e Secretaria do Desenvolvimento Territorial(SDT) através de cooperativas e órgãos contratantes desses trabalhadores.
O componente do Fórum do Território do Cariri Oriental e vice-prefeito da cidade Soledade, José Bento Leite Nascimento, que falou sobre os riscos que novamente está correndo a organização territorial já que sem receber seus vencimentos os articuladores não conseguirão desenvolver bem sua atividade de articular, de convencer lideranças para estarem se reunindo para discutir as políticas de desenvolvimento em cada território.
“A gente tem cobrado nas diversas discussões e eventos do governo sobre essas questões porque nós estamos discutindo as questões da sustentabilidade da construção do desenvolvimento territorial passando pela questão da sustentabilidade, e o desenvolvimento e sustentabilidade precisam também dar sustentabilidade aos trabalhos, dar condições de trabalho aos coordenadores, aos articuladores do território, o que não vem acontecendo. Eu venho cobrando em determinados momentos que é preciso que pelo menos a remuneração dos articuladores seja dada, seja mantida, e isso não vem acontecendo, alguém fica querendo dar uma explicação, mas uma explicação que não explica e que não convence, então é preciso repensar isso, rever isso com intensidade e com muita responsabilidade”, defende Bento Leite.
Ele disse que os articuladores estão trabalhando como se estivessem vendendo um produto, já que só recebem depois de vender o produto e diz que o processo de remuneração precisa ser repensado para que não penalize as ações que vem sendo trabalhadas nos territoriais em toda a Paraíba. “Dessa forma acho que compromete todo um trabalho, porque quem tem capital, dinheiro pra se sustentar vai se sustentando e quem não tem, tem gente aí tomando dinheiro emprestado, pagando juros pra cumprir aquela tarefa e ainda não recebe”.O presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural do Município de Caturité, Cariri Oriental, e membro efetivo do Fórum do Cariri Oriental, José Faustino Neto(foto direita), ao dialogar com os ouvintes das emissoras parceiras de Stúdio Rural, disse lamentar que mais uma vez esse fato esteja se repetindo no Estado da Paraíba e pediu providências urgentes aos órgãos competentes em pagar a todos os articuladores sob pena de colocar em risco os trabalhos que estão em andamento.
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