terça-feira, 29 de junho de 2010

Patos é a base de uma investigação de um esquema milionário com construtoras "fantasmas" envolvidas em obras públicas com recursos federais

Começa a ser desmantelada uma quadrilha que está instalada em prefeituras sertanejas que entre si, manipulam licitações, criam empresas fantasmas desviando recursos federais. Na realidade muitos serviços como calçamento, esgotamento sanitario dentre outras são feitas por funcionários das Prefeituras, sendo que na realidade os recursos são repassados para uma empresa inexistente que recebe o dinheiro e divide entre os envolvidos na fraude.

O Ministério Público da Paraíba está investigando 23 construtoras "fantasmas". O total de 83 inquéritos civis públicos foram instaurados pelas promotorias de Justiça na região de Patos, localizado no Sertão paraibano, para apurar indícios de irregularidades praticadas em licitações de obras de engenharia.

Os inquéritos instaurados são resultado dos desdobramentos das invsetigações da "Operação Transparência", realizada em 2009 por vários órgãos, dentre eles o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado do MPPB (Gaeco).

Segundo o promotor de Justiça que coordena a Equipe Especializada em Cidadania e Terceiro Setor, Clístenes Bezerra, as investigações iniciadas pelo Gaeco e pela Comissão de Combate à Improbidade Administrativa e Irresponsabilidade Fiscal (CCIAIF) apontaram fraudes nos processos licitatórios em 140 municípios paraibanos.
Clístenes Bezerra acredita que o número de irregularidades seja maior. "Isso será constatado, à medida que formos estendendo o trabalho a todas as regiões do Estado", frisou.

Entre os acusados, segundo o promotor, estão integrantes das prefeituras (membros das comissões de licitações e/ou os próprios prefeitos) e os responsáveis por empresas e funcionava da seguinte forma: empresas fictícias (existentes apenas no papel) participavam de licitações para contratação de obras de engenharia nos municípios, burlando a competitividade do certame.

Clístenes Bezerra relatou que, em alguns casos, das três empresas participantes, apenas uma existia e saía vencedora. Ele acrescentou que “em outros casos a vencedora era a própria ‘fantasma’ e era o próprio município quem executava diretamente a obra, contratando servidores temporários e embolsando a maior parte dos recursos dos convênios firmados com os Governos Federal ou Estadual”.

Para combater o esquema, a Equipe Especializada em Patrimônio Público e Terceiro Setor do MPPB e as promotorias de Justiça que atuam no Sertão iniciaram, em abril deste ano, um trabalho de fiscalização das licitações de obras de engenharia e dos convênios firmados pelas prefeituras com as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). Atualmente, os trabalhos estão sendo realizados nos municípios da região de Sousa (a 427 quilômetros da Capital).

Repasse de R$ 76 mi Os promotores de Justiça também vão fiscalizar as parcerias firmadas entre prefeituras e oscips. Um levantamento realizado pelo Tribunal de Contas do Estado, entre 2005 e 2007, revelou que as parcerias resultaram no repasse de mais de R$ 76 milhões dos cofres públicos municipais para as organizações, muitas delas provenientes de Estados vizinhos como Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Segundo o promotor Alexandre Nóbrega, que também coordena a equipe de investigação, o MP vai tentar acessar informações junto ao Tribunal para verificar a regularidade do serviço contratado. "Todo ente parceiro tem a obrigação de fiscalizar a aplicação desses recursos. Se o município não fiscaliza, o gestor pode responder por improbidade administrativa”, explicou.

2 comentários:

  1. pascoal começa aparecer falcatruas em prefeituras da regiao de Patos, nao é a toa que tem gente muito rica com bens e imoveis caros. E ainda contadores que estao sumidos da cidade e muitos desses fantasmas são funcionarios publicos,. usados como laranjas..conheço muitos aqui em Patos, Cacimba de Areia e Sao José do Bonfim. Publique pois tudo que digo é verdade e os promotores vão desocobrir é só esperar eles estao no caminho certo.espére e veras

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  2. Carlos Antônio-Patos29 de junho de 2010 às 17:17

    é só a ponto do rombo voces vai ver com quem esta o dinheiro publico. por isso se briga tanto em ser prefeito em nossa região. pior que os vereadores que deveriam fiscalizar acabam juntos na folha de pagamento da fraude

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