quarta-feira, 11 de novembro de 2009

ARTIGO - O HABITAT

Numa concepção ampla, o que se chama de lar, pátria natal ou terra natal, nada mais significa que o ambiente a que estamos acostumados, onde temos nossos amigos, nossos colegas de trabalho, o nosso entendimento na língua que aprendemos e falamos desde pequeninos, o clima e suas variações, com as quais nosso organismo já se habituou os costumes, os esportes, as regras, as roupas, a comida etc., que aprendemos a fazer uso e a gostar, e por aí a fora. Esse é o ambiente, o habitat.

É evidente que, para o homem trocar de habitat, isso pode ser mais ou menos suportável, dependendo de sua saúde, seu estado psicológico e de incentivos interessantes que o novo habitat possa vir a oferecer. É como sair daqui e ir morar no Japão. Suportável porque, o homem é um ser racional e coloca sua força mental para superar os obstáculos de toda a sorte com que se deparará.

A coisa, todavia, funciona diferente para os outros seres, não racionais, quer sejam eles animais ou vegetais. De pouco adianta, por exemplo, trazer determinado vegetal que floresce bem em Rio Grande do Sul, para Patos, mesmo que se lhe dê todos os cuidados. O conjunto de condições favoráveis, no habitat original, dificilmente poderá ser repetido em outro local. Se esse vegetal fosse uma pessoa, diríamos que ela ficaria triste, sem apetite e sem ânimo para reproduzir. Em outras palavras, morreria o ser e os descendentes dele deixariam de existir.

Vejamos o caso de um peixe que, de repente, se vê numa água poluída. Essa poluição pode ser esporádica, isto é, não crônica, somente ocasional, e ainda, localizada; neste caso, haverá uma grande chance de que o peixe escape sã e salvo, ao buscar, para ele, um ambiente próximo, onde sinta segurança e bem estar.

Já, numa troca de habitat, as coisas mudam de figura. É possível que um peixe não sobreviva fora de seu habitat, mesmo que em águas límpidas e com bastante oxigênio, isso porque há peixes que se reproduzem, ou se alimentam, por exemplo, em águas correntes e nunca em águas represadas, ou que as águas, embora límpidas e bem oxigenadas possam conter elementos indesejáveis para aquele peixe, como sejam acidez e temperaturas altas ou baixas, ou mesmo flora e fauna diferentes daquelas a que está acostumado. Mas, é evidente, que, mesmo no seu habitat, havendo fatores altamente desfavoráveis, como ausência de oxigênio ou presença de tóxico sensivelmente nocivo, não haverá vida para o peixe, se ele não tiver alternativas para fugir dali.

Como conclusão, o ecossistema específico que sustenta a vida, tem características múltiplas e complexas a serem analisadas e está sempre de acordo com a espécie de vida ali existente. Isso é válido para quaisquer ecossistemas e para quaisquer espécies de seres.
Precisamos respeitar o meio ambiente para que todos possam viver de acordo com o seu habitat. Vamos cuidar de nossa cidade de Patos, planejando o crescimento em todos os sentidos.


Madiel Conserva
Economista e Ex-Vereador de Patos
Presidente do Partido Verde (PV) de Patos

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