sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Paraíba atinge nível médio de febre aftosa e gado já pode ser comercializado sem medo

O secretário de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca, Ruy Bezerra Cavalcante Júnior, esteve nesta sexta-feira (4) em Campina Grande para comunicar oficialmente uma boa notícia aos técnicos que lidam com a febre aftosa no rebanho bovino: a Paraíba saiu do nível desconhecido da doença e subiu para o nível médio, o que já possibilita a livre comercialização animal e o livre trânsito do gado na região e para estados vizinhos.

A informação já havia sido confirmada meses atrás, mas agora, feita de maneira oficial, dá mais ânimo e credibilidade aos criadores e técnicos, que podem vender ou comprar sem o medo da contaminação que havia antes. Os Estados de Pernambuco e Rio Grande do Norte já haviam conseguido o nível médio na situação, mas a Paraíba ainda não estava fazendo negócios com eles por conta de ainda estar no nível desconhecido, agora totalmente descartado.

Conforme disse o chefe da Unidade Local de Sanidade Animal e Vegetal – ULSAV, em Campina Grande, Renato Vitório Rodrigues, o fato de a Paraíba ter atingido o nível médio em relação à febre aftosa representa um grande avanço na comercialização e especialmente no tocante a parte econômica, “pois antes nenhum criador podia fazer negócio já que ninguém queria comprar nosso gado. Agora não. Vamos competir de igual para igual e com isso todos ganham”, disse Renato Vitório.

A ULSAV é responsável pelo controle da febre aftosa em 14 cidades da região do Compartimento da Borborema, onde há um rebanho bovino em torno de 73 mil animais. “Com o certificado de vacinação não há medo de contaminação e nem riscos dos negócios fracassarem”, comentou o chefe da ULSAV campinense.

Ele disse ainda que essa mudança de nível só foi possível devido às campanhas feitas pelo Governo do Estado alertando para a importância e a necessidade de vacinar o gado, zelando assim pela saúde animal e humana, já que a febre pode ser transmitida para as pessoas, e também como forma de garantir a comercialização. Além do gado bovino, vacinado contra a aftosa, a vacinação também foi aplicada nos cavalos, que podem contrair anemia.

A meta agora da Defesa Agropecuária da Paraíba é continuar subindo de nível e chegar ao livre, com vacinação, o que vai garantir mais ainda a qualidade, a saúde e a higiene do rebanho bovino paraibano e, consequentemente, abrir um maior volume de negócios. O maior nível de garantia da saúde do gado bovino é o livre, sem vacinação, mas por enquanto no Brasil apenas Santa Catarina (RS) tem este certificado.

Os dados da última vacinação em Campina Grande, por exemplo, mostram que a meta atingida foi de 95,09% do rebanho. Além do secretário Ruy Bezerra também estiveram participando da reunião desta sexta-feira em Campina Grande o secretário executivo da Pesca no Estado da Paraíba, Nilton Marinho, e o representante do Ministério da Agricultura, Antonio Hybernon.

Apolinário Pimentel

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