terça-feira, 2 de março de 2010

Beatificação da Menina Francisca tem processo retomado em Patos

 

Foram retomados os trabalhos da equipe Pró-Beatificação da “Menina Francisca”, no auditório Zefinha Mota, no prédio da Biblioteca Municipal de Patos. A reunião contou com a presença do Padre Gaspar Rafael Nunes da Costa, Reitor do Memorial Frei Damião de Bozanno, da Cidade de Guarabira - Pb.Por cerca de uma hora, o Padre Gaspar explicou todo processo e etapas que o candidato deve cumprir para ter a inclusão de seu nome no rol dos santos e santas canonizados pela Igreja Católica.

O Padre Gaspar, foi bem explícito em falar que nesta primeira fase cabe a mobilização e o desejo por parte do povo em prol da futura Beatificação da Menina Francisca, bem como o acolhimento e a sensibilidade do Bispo Diocesano, Dom Manoel dos Reis de Farias, que dará inicio ao processo de Canonização.

O comitê pró-beatificação da Menina Francisca, foi criado em 11 de outubro de 2007, por iniciativa da Fundação Ernani Satyro. Formado pelas seguintes instituições patoense: Associação de Imprensa do Sertão Paraibano (AISP), Instituto Histórico e Geográfico de Patos, Secretaria Municipal de Educação, Grupo Independente de Análise, Ação Social e Política (GIAASP), Universidade Federal de Campina Grande, Universidade Estadual da Paraíba, Faculdades Integradas de Patos, Fundação Allyrio Meira Wanderley, 6ª Regional de Ensino, Diocese de Patos e Fundação Ernani Satyro.

Processo de Canonização

“Tudo começa com a manifestação por parte do povo, que fala sobre o desejo em canonizar a Menina Francisca e começa a tratar da questão com o Bispo, Dom Manoel”, frisou Padre Gaspar.

Surgido o desejo é formada uma comissão para recolher provas das virtudes do candidato, depoimentos e reunir todos os documentos escritos sobre o postulante. Após o recolhimento dos documentos, professores de direito canônico, teologia dogmática e moral avaliam o caso e formam uma comissão diocesana. É aberto então o processo de Beatificação e todo o material é enviado ao Vaticano.

Para elevar o beato a Santo é exigido no mínimo um milagre comprovado, normalmente uma cura, que deve ser instantâneo, perfeito, duradouro e não-explicável cientificamente. Depois do parecer dos médicos do país do candidato, uma junta de cinco médicos do vaticano dá seu parecer. Neste momento, o candidato pode ser objeto de culto público no seu país.

O último passo é a canonização – a declaração final da santidade – vem com o reconhecimento de um segundo milagre pelo vaticano. A partir deste momento, pode ocorrer culto público, com direito a um dia de festa anual, uma missa em honra do santo (com oração própria) e culto à imagem. A canonização é feita pelo próprio Papa.

Um detalhe importante: deve ser comprovado que o candidato não tenha sido objeto de veneração pública por parte da igreja católica, o que impediria a santificação.

Mas é bem que mesmo sem a abertura do processo em nível de Diocese, a devoção do nosso povo já tem a Menina Francisca como santa.


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