A cidade de Patos, localizada a 302 km de João Pessoa, registrou este ano a maior cheia desde 1962, quando houve uma enchente histórica recorde nos rios da Farinha, Espinharas e da Cruz. Naquela época, o nível do Espinharas chegou a 2,54 metros. De acordo com a Defesa Civil este ano chegou a 3,5 metros. A Prefeitura de Patos chegou a decretar situação de emergência, por causa das chuvas e cheias na cidade que chegaram a prejudicar os moradores. A Defesa Civil do Município confirmou que pelo menos 576 famílias ficaram desabrigadas após a forte chuva de segunda (13), que provocou alagamentos em 10 bairros e o rompimento de um pequeno açude. Passagens molhadas romperam-se e estradas de acesso ao município também ficaram interditadas.
Aproximadamente 3 mil pessoas foram atingidas pelas chuvas e cheias em Patos. Além disso, muitas famílias perderam moveis, eletrodomésticos e roupas. Três locais foram preparados para receber os desabrigados, entre eles ginásios, escolas e um Centro de Treinamento.
A média histórica do volume de chuvas na cidade, nos últimos 30 anos, foi batida na segunda-feira (13). Em apenas 5 horas, choveu 376 milímetros. O total deste ano – até o dia 18 - já chega a 910 mm, batendo a média histórica de 329 mm, acima do que estava previsto pela meteorologia.
De acordo com o pós doutor em meteorologia, Bernardo Barbosa, da UFPB o que aconteceu com a cidade de Patos, é um fato raro no Estado da Paraíba, principalmente pela sua localização no semi arido, em ter uma precipitação tão alta em um só dia. Ele revelou que somente no ano passado aconteceu algo parecido na cidade de Cabaceiras, a que menos chove no país, que teve um indice pluviometrico de 245 mm em um dia.
foto: Airton Alves
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