terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Caminhão com trabalhadores de Patos é retido no Paraná. Ministério Publico do Trabalho vai investigar ações de aliciadores em Patos

O procurador-chefe do Trabalho na Paraíba, Ramon Bezerra dos Santos, informou que todos os procedimentos em relação ao caso dos 34 paraibanos que viajavam em condições sub-humanas num caminhão, apreendido em Curitiba, foram devidamente tomados pelo Ministério Público do Trabalho da 9ª Região, no Paraná. Ao MPT da Paraíba caberá investigar, na volta desses trabalhadores, como se deu esse aliciamento, disse ele.

Essas investigações ficarão a cargo da procuradora do Trabalho Myllena Alencar, do Ofício da PRT-13 em Patos, de onde saíram os trabalhadores.

Policiais rodoviários federais do Paraná, apreenderam um agenciador e um motorista que conduziam 33 trabalhadores em condições desumanas no baú de um caminhão. Os homens estavam sendo mantidos na trancados no compartimento de 13 metros quadrados, aproximadamente, havia quatro dias, já que a viagem começou em Patos, no interior da Paraíba.

Foram presos o motorista do caminhão Silvan Florentino Coutinho, de 23 anos, e o agenciador Denys Lucena de Araújo, de 24 anos. O caminhão ficou apreendido na Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Segundo o inspetor Fabiano Moreno, chefe de comunicação social da PRF, os policiais flagraram um caminhão Mercedez Bens, com placas de Patos, no contorno leste da BR-116, em Curitiba. Os trabalhadores estavam trancafiados, todos amontoados e sem ventilação alguma. "Havia alguns redes penduradas ao teto do caminhão e colchões no chão, sem a menor segurança e em condições degradantes para os trabalhadores", relatou Moreno.

Segundo a PRF, o veículo saiu da cidade de Patos na segunda-feira (19) e já tinha rodado cerca três mil quilômetros . O destino era Chapecó, em Santa Catarina, onde os trabalhadores seriam empregados na venda de artigos de couro. Entre os 33 homens, havia um adolescente de 14 anos. "O aliciador será autuado pelo Ministério do Trabalho por manter trabalhadores sem registro, empregar ilegalmente um adolescente e transportar irregularmente trabalhadores, além das multas da PRF", declarou o inspetor Fabiano Moreno. Ainda segundo ele, o agenciador já se comprometeu com o Ministério Público do Trabalho a pagar pela viagem de volta à cidade de origem dos trabalhadores, em ônibus. A apreensão do veículo ocorreu em uma blitz da PRF com objetivo de identificar tráfico de drogas e armas.


Redação: Cláudio Paschoal

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