quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Cresce número de mulheres em presídios paraibanos


O envolvimento com o crime organizado está sendo o principal motivo de uma nova realidade na Paraíba que é o ingresso de mulheres nos presídios. O tráfico de drogas e a “ajuda” aos maridos que tem envolvimento com o crime organizado são os principais motivos das prisões. Segundo o secretário da Cidadania e Administração Penitenciária, Pedro Adelson, a realidade está mudando a cara dos presídios paraibanos.


O secretário disse que em muitos casos as mulheres são obrigadas pelos companheiros a ajudar no tráfico de drogas levando celulares e outros objetos para os detentos dentro das penitenciárias. “As mulheres estão mais envolvidas com os maridos e o crime organizado está crescendo. Em muitos casos são obrigadas por eles a levarem drogas e celulares e consequentemente passam a ser vítimas”, disse.

Pedro Adelson revelou ainda que muitas mulheres que chegam aos presídios paraibanos cometeram delitos nas ruas como assaltos e venda de drogas. Nesse caso elas passam a ser autoras de processos penais tendo que permanecer presas pela prática das ações. O secretário revelou que apesar do aumento de mulheres detentas o número de homens ainda é bem superior. “Hoje temos quase 400 mulheres nos presídios paraibanos e cerca de 9.000 homens. Estamos surpresos com esse aumento de mulheres participando de crimes no nosso estado, mas essa realidade não é só da Paraíba e sim de todos os estados brasileiros”, afirmou.

O secretário, que participou da sessão de Comissão de Recesso da Assembléia Legislativa – AL, disse ainda que o sistema penitenciário apresentou melhorias nos últimos anos. Segundo Pedro Adelson, uma prova da melhoria das condições dentro dos presídios é a diminuição de rebeliões e fulgas. “Tivemos avanços com o melhoramento do sistema oferecendo mais equipamentos e programas para socialização. Não temos mais violência dentro dos presídios nem fulgas porque estamos oferecendo melhores condições para os presos”, disse.
De acordo com o secretário da Administração Penitenciária, o modelo adotado pela Paraíba na melhoria de condições de sobrevivência, saúde e educação está sendo adotado por outros estados brasileiros. Adelson afirmou que a “nova forma de se tratar os presos” também foi reconhecido pelo governo japonês e pela Unesco. “Eles reconheceram o nosso modelo e isso é prova que está dando certo. Quando a OAB, as Pastorais e a Igreja estão em silêncio, isso depõe a favor da nossa administração”, revelou.

Para Pedro Adelson, a meta da secretaria para este ano é aumentar o número de presídios na Paraíba e oferecer a população mais projetos educacionais com vistas a diminuição da delinqüência no estado. “Com isso pretendemos diminuir os crimes no nosso estado”, concluiu.



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