terça-feira, 1 de setembro de 2009

Assentados na Paraíba reivindicam a alteração da tarifa de energia de urbana para rural

As 25 mil famílias assentadas e agregadas que vivem nos 263 projetos de assentamento da reforma agrária na Paraíba estão reivindicando junto às concessionárias de energia elétrica do estado a alteração na cobrança de tarifa urbana para rural nas agrovilas.

Segundo o superintendente regional do Incra/PB, Frei Anastácio, as famílias que moram em agrovilas pagam tarifas como se as casas estivessem em zona urbana. “Muitas estão perturbadas com as contas altas que recebem. Nós resolvemos entrar na luta para tentar reverter a situação”, anunciou.Frei Anastácio disse que o Incra vem tentando resolver o problema junto à Energisa – uma das concessionárias de energia elétrica da Paraíba -, há vários meses, mas ainda não obteve resposta positiva.

Os agricultores pagam tarifa de energia elétrica com a mesma taxação de uma família urbana. O objetivo é que a tarifa seja de R$ 0,24 (tarifa rural) e não R$ 0,39 pelo quilowatt-hora (kWh) – que é a quantidade de energia utilizada para alimentar uma carga com potência de 1.000 watt pelo período de uma hora –, tanto para o consumo no lote, onde as famílias trabalham, como na agrovila na qual moram. “Afinal, essa classificação de que uma agrovila dentro de um assentamento é área urbana não tem cabimento”, opina o superintendente.

A primeira manifestação em relação ao assunto foi realizada na semana passada, no assentamento Apasa, município de Pitimbu – litoral Sul da Paraíba. Representantes das famílias de oito assentamentos, que juntos têm cerca de três mil pessoas, decidiram em reunião que vão partir para a luta e pediram o apoio do Incra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário