quinta-feira, 26 de março de 2009

Esperançosos trabalhadores do Sertão Paraibano partem para o corte de cana em São Paulo

Trabalhadores do Norte e Nordeste começam a deixar sua famílias e partir rumo a São Paulo para o corte da cana-de-açúcar. O início da safra representa para muitos deles a esperança de realizar sonhos na terra natal. Essa semana cerca de 15 ônibus partiram de Cajazeiras com destino ao sul do país.

Os agricultores na sua maioria de Cajazeiras, São José de Piranhas, Monte Horebe, Cachoeira dos Índios e varias outras cidades e estados saíram em busca de conquistar a independência financeira.Ao todo 700 homens e uma mulher. Todos esperançosos de retornarem as suas cidades, com uma economia que garanta o sustento de suas famílias por um longo período.


De Cajazeiras a Matão, estado de São Paulo são cerca de 2.250 quilômetros de distância. Na bagagem desta longa viagem para trabalhar pela primeira vez no corte da cana, o trabalhador rural Jonatas Guilherme de Souza, de 18 anos, levou apenas determinação para realizar alguns sonhos.“Esse sonho está aqui nesse corte de cana. E, se Deus quiser, eu quero conseguir esse dinheiro para comprar minha moto”, planejou Souza.Pode se dizer que o trabalhador rural Joelson da Conceição, de 23 anos, já é veterano no facão. Ele está na terceira safra e, graças ao corte da cana, já comprou vários objetos e tem uma reserva financeira.“Eu consegui comprar casa. Eu consegui comprar geladeira, televisão. Essas coisas de casa. Foi no corte de cana que, graças a Deus, eu consegui essas coisas”, contou Conceição.Mas para vencer distante de casa é preciso acordar cedo, por volta das 3h30. O almoço, preparado na noite anterior, já está na marmita. Enquanto os homens arrumam a bolsa de trabalho, dona Ana Maria ajeita a cozinha. Com o alojamento em ordem, os trabalhadores partem para o ponto de ônibus. Eles são divididos em turmas e cada uma segue para um destino. Ao chegar na lavoura os primeiros raios de sol revelam uma imensidão de cana.Estatística Em 2008, o corte da cana empregou 175 mil pessoas no Estado de São Paulo. A maioria da mão-de-obra é do Nordeste do país.A ida dos trabalhadores para São Paulo acaba aquecendo a economia de municípios como Matão, gerando renda e emprego, principalmente no comércio. Só para se ter uma idéia, durante a safra a população, que é de que tem uma população de 77.682 habitantes, salta para 82mil.Na região de Matão, os trabalhadores recebem em média R$ 3,00 por tonelada da cana cortada e mais um fixo mensal de R$ 500,00, em média.





JOSELITO FEITOSA

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